Alvo da Operação Penúria, desencadeada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) nesta sexta-feira (21), a empresa Tavares e Soares vendeu sem licitação 60 mil cestas básicas a serem distribuídas pelo Governo de Mato Grosso do Sul no valor de R$ 5,8 milhões, e ainda ganhou aditivo um mês após […]
Renata Volpe Publicado em 21/08/2020, às 10h41 - Atualizado às 16h48
Alvo da Operação Penúria, desencadeada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) nesta sexta-feira (21), a empresa Tavares e Soares vendeu sem licitação 60 mil cestas básicas a serem distribuídas pelo Governo de Mato Grosso do Sul no valor de R$ 5,8 milhões, e ainda ganhou aditivo um mês após assinar o contrato.
Em 6 de abril, a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) divulgou o contrato com a empresa no valor total de R$ 5.820.000, 00 de 60 mil cestas básicas, que seriam distribuídas às famílias carentes do Estado. Os alimentos eram para enfrentamento da Covid-19.
Pouco mais de um mês, em 15 de maio, o contrato sofreu aditivo com número de 005/2020 e mudança na redação contratual, incluindo que a distribuição dos alimentos também seriam para além das famílias cadastradas no CaOnico, também para idosos em regime de abrigamento.
Os valores levantaram suspeitas, com denúncia feita à Polícia Federal para investigar a ação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No entanto, como não há veba federal de recursos, o órgão declinou competência e mandou para o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) investigar .
Nesta sexta, o Gecoc (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público) deflagrou a Operação Penúria, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão.
A denúncia foi protocolada pelo deputado estadual Capitão Contar, que estranhou o valor de R$ 5,8 milhões para compra de cestas básicas, sem licitação, permitida por causa da pandemia do novo coronavírus.
O deputado chegou a pedir informações ao Governo do Estado, mas nem mesmo o pedido foi encaminhado, por ter sido barrado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) pelos deputados, maioria do grupo do governador tucano.