A Sesau informou que está monitorando o cenário da Covid-19 em Campo Grande e que deve analisar novas restrições quando houver necessidade.
Dândara Genelhú Publicado em 04/03/2021, às 14h59 - Atualizado às 18h05
Com o avanço da pandemia em Mato Grosso do Sul e consequentemente em Campo Grande, muitos se questionam se haverá adoção de medidas mais restritivas na Capital. Assim, a Sesau (Secretaria de Estado de Saúde) informou que está monitorando o cenário da Covid-19 na cidade e que deve analisar novas restrições quando houver necessidade.
Ao Jornal Midiamax, a Secretaria disse diariamente “faz o acompanhamento diário do número de confirmações e da ocupação dos leitos de UTI” (Unidade de Terapia Intensiva. Além disto, a Sesau destacou que todas as decisões são tomadas com base na análise dessas informações e deliberação do COE (Centro de Operações de Emergências).
Então, “havendo a necessidade de impor medidas mais restritivas, tal conduta será analisada”. A Secretaria reforçou o toque de recolher, que permanece vigente no município das 23h às 5h. Além desta medida, ações de fiscalização para dispersar aglomerações e evitar o descumprimento de decretos estão sendo mantidas em Campo Grande.
Desde o começo da pandemia, Campo Grande é o município que mais concentra casos de coronavírus no Estado. De acordo com o boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), até esta quinta-feira (4), haviam 75.916 infectados na Capital.
Isto porque nas últimas 24h foram confirmados 319 casos. Nesta quinta-feira (4), a macrorregião de Campo Grande atingiu 91% de ocupação dos leitos de UTI.
Nas últimas 24 foram confirmadas nove mortes causadas por Covid-19 no município. Por fim, a Capital de MS já fez 1.493 vítimas fatais, após serem infectadas por coronavírus.
Diante do cenário crítico do coronavírus em MS, infectologistas alertam que há risco de colapso na saúde e que medidas restritivas devem ser tomadas, incluindo até um lockdown. Infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda explica que a situação do Estado é crítica, com a taxa de ocupação geral de leitos SUS em 90%.
“Se manter o ritmo de aumento de casos, entraremos em colapso. É preciso tomar medidas mais restritivas”, diz o especialista. Com o aumento de casos e a situação crítica na saúde em estados brasileiros, o lockdown volta a ser pauta.
Afinal, chegou a hora de restringir a circulação de pessoas em Mato Grosso do Sul? Croda ressalta que a macrorregião de Dourados e de Campo Grande tem registrado taxa de ocupação em cerca de 90% dos leitos de UTI há pelo menos duas semanas e, por isso, se posiciona favorável a um lockdown nas duas regiões que têm causado preocupação no Estado. “Principalmente no contexto de uma nova variante”, pontua.